Rossio Garden Hotel

Reabilitação / Ampliação Turismo Rossio, Lisboa, PORTUGAL
Cliente: Plataforma - Investimentos Imobiliários, Lda.
Projecto: HOTEL ****
Área do Terreno: 879,42 m²
Área Bruta de Construção: 2568,40 m²
Autoria: J A Zinho Antunes

A instalação de um Hotel de 4 estrelas, localizado no centro histórico da cidade de Lisboa, mais concretamente na Rua Jardim do Regedor e na Travessa de Stº. Antão considera-se de interesse inquestionável, uma vez que apoia as diversas actividades de índole cultural e de animação que se processam nesta área, ajudando a superar a carência de oferta de camas turísticas que se verificava na zona.

Estas duas artérias fazem parte de um conjunto de ruas, que se integram na zona denominada como Portas de Stº Antão. Esta dispõe de diversas salas de espectáculos como o Coliseu e o Politeama, ambos em funcionamento, o Odéon e o Olympia, presentemente desactivados. No fim da rua com o mesmo nome existe ainda o Teatro Nacional D. Maria. São ainda restaurantes, cervejarias e bares que contribuem para a animação desta área. Podemos ainda encontrar a Sociedade de Geografia e o Ateneu, a casa do Alentejo e o Palácio Almada.

Trata-se de uma reabilitação e requalificação de dois edifícios que partilham um logradouro, com uma construção corrente de matriz Pombalina do séc. XIX e que se encontravam num elevado estado de degradação.

O edificio com acesso pela Rua Jardim do Regedor faz o ingresso dos utentes e é composto por 6 pisos com uma capacidade de 56 quartos assim como áreas sociais e de serviços. As suas fachadas respeitam os ritmos de vãos e linguagem de uma arquitectura de matriz pombalina, que garante a manutenção da homogeneidade de uma imagem e de um ambiente constituídos pela reprodução sistemática desta prática arquitectónica, que se julgou ser de preservar.

O edifício com acesso pela Travessa de Stº Antão faz o ingresso dos serviços e é composto por 3 pisos com uma capacidade de 9 quartos assim como áreas sociais e de serviços. A sua imagem exterior integra-se naturalmente no espírito e linguagem arquitectónica do local, não se apresentando como um exemplo particularmente rico. Julgou-se, contudo, que a preservação desta linguagem permitia a conservação do ambiente produzido pela arquitectura própria da época, que se expressa nesta artéria e em toda a zona envolvente.